A Sagração da Primavera - Quando a morte é também fonte de vida
Na Sagração da Primavera dos italianos Dewey Dell, insetos e plantas protagonizam coreografias que exploram o eterno ciclo da vida e da morte
Habituados a existir num mundo antropocêntrico que, há séculos, nos ensina a definir-nos enquanto seres humanos antes de nos definirmos enquanto seres vivos, temos vindo a subtrair-nos de tal forma da grande ordem natural das coisas, que nos tornámos incapazes de entender a nossa morte como aquilo que ela realmente é: início de vida.
Não a nossa, certo, a de centenas de outros seres não humanos, mas vivos, como larvas, bactérias ou mesmo árvores e plantas.
De facto, bastar-nos-ão apenas alguns minutos dedicados à observação da Natureza, para chegarmos à conclusão que a associação do conceito de “morte” exclusivamente ao de “fim da vida” é uma construção profundamente humana.
A desconstruí-la, prestando tributo às sucessivas mortes responsáveis, na Natureza, pela renovação diária da vida, surge a aclamada Sagração da Primavera da companhia italiana de dança e artes performativas Dewey Dell, que chega ao Teatro Variedades, de 22 a 24 de maio, pela mão do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas – FIMFA.
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